Populares avistaram uma caminhonete Amarok parada e com os faróis ligados, fora da pista, às margens da BR-226, próximo ao povoado Alto Brasil, em Grajaú, no Maranhão, na noite deste domingo (18). Com marcas de tiros, o veículo despertou a atenção de quem passou pelo local.
Ao se aproximarem, encontraram o corpo do advogado Ricardo da Luz Oliveira dentro do carro e acionaram a polícia que ao chegar no local constatou a morte do rapaz.
Especialista em Direito Criminal, a vítima prestava serviços à Prefeitura de Itaipava do Grajaú. Ao que tudo indica, trata-se de um crime de execução.
A Polícia Civil investiga o caso, busca prender acusados e chegar à motivação.
A Polícia Federal cumpriu um mandado de prisão preventiva nesta quinta-feira (10), na cidade de Grajaú, no Maranhão. Trata-se da segunda fase da “operação SEM DESCANSO”, tendo sido a primeira fase deflagrada em abril deste ano, em repressão o crime de redução de trabalhadores à condição análoga à de escravo em carvoarias do Maranhão.
A investigação iniciou-se a partir do resgate de 11 pessoas no município de Mirador, em julho de 2021, pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Maranhão. Conforme apurado, as vítimas trabalhavam em uma das várias carvoarias dos suspeitos e estavam sendo submetidas à jornada de trabalho exaustiva, especialmente os carbonizadores e as cozinheiras.
Primeiramente, os trabalhadores tinham descanso a cada 40 dias, oportunidade em que receberiam o pagamento “mensal”, obtendo cinco dias de folga, incluído o dia de ida e volta para casa. Ou seja, durante 40 dias eles trabalhavam de domingo a domingo, sem o intervalo mínimo interjornadas inclusive.
Um segundo exemplo de irregularidade encontrada refere-se à jornada de trabalho diária extremamente exaustiva. Em relação às cozinheiras, cada UPC (unidade produtora de carvão) possuía apenas uma, a qual era responsável não só pelo preparo de todas as refeições para cerca de 25 pessoas daquela unidade, como também pela higienização e limpeza de toda edificação de apoio e alojamento. Dessa forma, a jornada de trabalho começava às 04:00 horas até às 13:00, retornando ao trabalho às 15:00 até às 19:00. Já os carbonizadores, que exercem trabalho reconhecidamente insalubre, tinham jornada de 24 horas de maneira intercalada, inclusive durante a madrugada.
Diante desses fatos graves, após representação da Polícia Federal no Maranhão, foram expedidos mandados de busca e apreensão em desfavor dos investigados, com a finalidade de apreender computadores, mídias e quaisquer outros materiais relacionados aos fatos apurados, com o objetivo de identificar outras vítimas exploradas nas carvoarias dos suspeitos, demais envolvidos no esquema criminoso e o montante ilicitamente recebido pelos investigados com a prática do delito.
A partir da análise do material apreendido, identificou-se outras carvoarias dos suspeitos. Considerando a possibilidade de que eles replicassem as condições de trabalho em todas as carvoarias, realizou-se, juntamente com o Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho, novas fiscalizações nos outros estabelecimentos descobertos entre os meses de julho e outubro deste ano. Em todas as quatro carvoarias recém-descobertas flagrou-se submissão de trabalhadores a condições análogas à escravidão, tendo sido resgatadas outras oito vítimas.
Sendo assim, restou demonstrado que os investigados continuavam a praticar o delito, explorando outras vítimas, não obstante as cinco fiscalizações realizadas, além do cumprimento dos mandados de busca e apreensão. Por essa razão, representou-se pela prisão preventiva do principal empresário responsável pelas pessoas jurídicas do grupo.
Os suspeitos poderão responder por cinco crimes de submissão de trabalhadores à condição análoga à escravidão (art.149 do Código Penal). As penas podem chegar a 40 anos de reclusão.
Por motivações ainda desconhecidas, um idoso tocou fogo na residência onde mora na rua Dativo Lacerda, bairro Extrema, no município de Grajaú, nesta quarta-feira (24).
O fogo se alastrou rapidamente e os vizinhos entraram em desespero com medo que outras casas fossem destruídas pelas chamas. Populares retiraram objetos de dentro de outros imóveis com receio de perder tudo.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada mas ao chegar no local a casa já havia sido destruída.
Um vídeo gravado por um médico socorrista identificado como Francisco exibe cenas que deixaram internautas estarrecidos.
Nas imagens, registradas dentro de uma ambulância, ele aparece zombado de uma paciente idosa com dificuldades para respirar que estava sendo transferida de Grajaú para São Luís.
O médico chega perguntar se a paciente não quer um ‘cigarrinho’. Confira nas imagens abaixo.