Por G1
A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou, nesta quinta-feira (30), que era do adolescente, de 17 anos, a espingarda artesanal usada por ele para invadir e efetuar disparos em uma escola da rede municipal da zona rural de Caxias, cidade a 366 km de São Luís. O caso aconteceu na terça-feira (26) e não houve feridos.
Em depoimento à Polícia Civil, o jovem disse que a intenção, ao invadir a Unidade Integrada Antônio Rosa de Lima, era de matar a diretora e um ex-colega de turma. Ele contou que chegou ao local de bicicleta, armado com uma espingarda e uma faca.
A diretora da escola, que não foi identificada, disse em depoimento à polícia que, no ano passado, o adolescente agrediu fisicamente um outro estudante e, por isso, acabou sendo transferido de turno.
Segundo a polícia, ao entrar na escola, o adolescente ameaçou funcionários e alunos da escola, que chegaram a se esconder em um banheiro para se proteger dos disparos. Durante o ataque, o jovem danificou portas e janelas da escola, com chutes e murros.
Por conta disso, o adolescente teve ferimentos no antebraço causados por estilhaços de vidro. Em seguida, ele fugiu do local. Ao chegar em casa ferido, o jovem foi levado pela mãe e por um amigo para um hospital em Caxias.
O adolescente foi apreendido pela Polícia Militar do Maranhão (PMMA) no hospital. A arma utilizada por ele no atentado já havia sido apreendida na escola e recolhida pelo motorista da unidade escolar, até a chegada dos policiais.
O jovem segue apreendido na sede da Delegacia da Polícia Civil em Caxias, onde se encontra à disposição da Justiça.
Desavenças entre colegas
Em depoimento à polícia, a diretora da escola informou que constantes brigas entre o adolescente e um ex-colega de turma, pode ter desencadeado a situação. Segundo ela, no ano passado, o adolescente agrediu fisicamente um outro estudante e, por isso, acabou sendo transferido de turno pela diretora.
Ainda em depoimento, a diretora relatou que não estava na escola no momento em que o estudante invadiu a unidade integrada, pois tinha ido até a sede da Secretaria de Educação de Caxias resolver pendências da escola e, em seguida, foi a um velório na área urbana da cidade.
Por conta do ataque, as aulas na escola foram suspensas. Até o momento, não há informações de quando as aulas na unidade integrada serão retomadas.