O Maranhão encerrou o ano com dados assustadores referentes a casos de feminicídio. Foram mais de 64 registros de mulheres assassinadas no Estado somente em 2022 e, na maioria dos crimes, o motivo torpe foi o fato da vítima por um fim em uma relação desgastada e/ou violenta.
São inúmeras as mulheres que recorrem à Delegacia de Polícia Civil solicitando medidas protetivas. Como é o caso da esposa de Clarindo Vieira de Carvalho Netto, que presta serviços de motorista na Corregedoria Geral de Justiça e reside em São Luís. Ela convive com ele há mais de 20 anos e pediu a separação. Mas ele não aceitou.
A denunciante, que não vamos revelar o nome, registrou um boletim de ocorrência após ter sido ameaçada pelo ex-companheiro que tentou arrombar a porta do quarto onde a mesma dormia. A mulher felizmente foi salva por vizinhos que acionaram a Polícia Militar e o homem foi conduzido para a delegacia de plantão.
Na capital maranhense, por dia, cerca de trinta mulheres recebem a visita da Patrulha Maria da Penha, que é um serviço para proteger as vítimas de violência, serviço que está em expansão pelo Estado. Mesmo com esta assistência, muitas mulheres sofrem agressões e ameaças diariamente e os órgãos de segurança pública não tomam conhecimento e então algumas acabam sendo assassinadas.
Este é apenas mais um caso diante de inúmeros que começam dessa forma e que podem chegar a um fim trágico. E nesta situação, se esse cidadão denunciado voltar a se aproximar da vítima, mesmo com a medida protetiva estabelecida pela Delegacia Especial da Mulher.